Reportagem:
Piada:
Angelo Augusto Gauzzi No subsolo poderia funcionar a estação central do metro de BHz que interligaria todas as 12 linhas, além das 4 de trem urbano. Pérai!! Qual foi a piada mesmo?
Bairro da Lagoinha:
Origem
Angelo Augusto Gauzzi No subsolo poderia funcionar a estação central do metro de BHz que interligaria todas as 12 linhas, além das 4 de trem urbano. Pérai!! Qual foi a piada mesmo?
Bairro da Lagoinha:
Origem
A base de formação do bairro Lagoinha, foram os migrantes da
região central de MG e imigrantes italianos trazidos à época da construção da
capital. Nascido fora dos limites planejados para a nova capital mineira, o
local foi um dos primeiros bairros de origem operária e suas casas foram
construídas em torno de uma pequena lagoa, onde hoje está erguido o Complexo
Viário da Lagoinha. Antigamente a região era pantanosa e cercada por várias
lagoas, o que possivelmente explica o nome dado ao bairro. Os imigrantes
italianos e os migrantes viviam em perfeita harmonia e cooperação, formando uma
comunidade que compartilhava o mesmo território rico em manifestações culturais
mineiras e italianas. No bairro Lagoinha ainda existem algumas famílias
remanescentes dos operários ligados à Comissão Construtora. Durante muito tempo
o local ficou conhecido como cantinho da velha Itália em Minas Gerais.
A Pedreira Prado Lopes, vale dizer, encontra lugar relevante
na história da construção da capital. Sua origem está ligada à família Prado
Lopes. No início das obras de Belo Horizonte, o então engenheiro Antônio Prado
Lopes Pereira,de 1a classe da Comissão Construtora da Capital, 3a divisão, já
explorava o local para dali retirar suas pedras e usá-las na edificação de
casas da cidade. Abílio Barreto, ao falar sobre os materiais empregados na
construção da Nova Capital, ressalta o problema das pedras: “Quando a Comissão
Construtora entrou definitivamente no período das construções, com exceção das
pequenas pedreiras mal exploradas pelos empreiteiros de obras e que não davam
resultado satisfatório, nenhuma havia ainda em condições de poder suprir a
avultada quantidade desse material, que se ia tornando grandemente necessário”
Antes da Avenida Antônio Carlos, a Rua Itapecerica, apesar
de estreita e muito congestionada, era a principal via de acesso ao bairro.
Concentrando a boemia mineira por suas ruas, a agitada praça da Lagoinha, posteriormente batizada de Praça Vaz de Melo, (o nome foi uma homenagem ao principal comerciante do local – Guilherme Vaz de Melo). Em relação a essa época "boêmia" a Lagoinha é considerada um dos berços do samba em Belo Horizonte. Dessa época vem o nome "Copo Lagoinha" (originalmente copo americano) atribuído a um modelo popular de copo de vidro muito utilizado nos botequins e rodas de samba tão tradicionais na região; tempos de outrora, era o berço dos boêmios de segunda classe, que reuniam-se no Bairro para beber e manter uma amizade ligada por laços quase familiares. O ambiente era íntimo, as pessoas se conheciam, olhavam-se nos olhos. A "malandragem" de Belo Horizonte estava lá: o "flerte" acontecia ali, também o início de amizades de uma vida. O clima rural do Curral Del Rey perdurava: "o aconchego de estar em casa mesmo estando na rua". O almoço de domingo, as amigas que eram também vizinhas, as crianças que cresciam como primas, as primas que cresciam como irmãs. E no meio de tudo isso, o comércio cada vez maior e mais intenso.
Os últimos boêmios de Belo Horizonte não se esquecem da
velha Lagoinha, um bairro de limites difusos, mas de características marcantes.
Escondida pela rodoviária, cortada por viadutos e radicalmente transformada com
a chegada do trem metropolitano, a Lagoinha, de 25 ou 30 anos atrás, era reduto
de seresteiros, dançarinos e amantes da noite de Belo Horizonte. Ali, a menos
de um quilômetro do Centro, vivia à margem da capital, com seu comércio
agitado, os botequins sempre abertos e cheios, suas pensões, o ribeirão
Arrudas, o mercado, as farmácias, os camelôs, as delegacias, o barulho do trem
do subúrbio e cinemas (como os cines Paissandu e São Geraldo). Tinha ligação
com o local da atual rodoviária, onde também situavam a Feira de amostras e a
Rádio Inconfidência.
Esta paisagem era emoldurada, no lado oposto, pela rotina
dos bairros da Graça, Colégio Batista, Concórdia e um pedaço da Floresta,
separados da Lagoinha por uma colina, e que, ainda hoje, abrigam típicas famílias
de classe média com uma tranquilidade própria das cidades do interior.
Espremida entre esses bairros e o Centro, a Lagoinha fervilhava dia e noite, na
pura boemia, e se perdia no crescimento da cidade que, inevitavelmente, pediria
passagem para estender-se às regiões que o bairro dividia.
Hoje, o bairro tem um panorama completamente diferente. O
principal motivo que transformou esta realidade foi a demolição dos velhos
casarões e de parte da zona boêmia.
Com o passar dos anos, os quintais das casas restantes
(muitas vezes comunitários) diminuíram. E elas deixaram de ostentar o rigor
antes visto nas fachadas.
O charme do lugar também entrou em decadência. Das
tradicionais rodas de samba, aos redutos do baixo meretrício, a boemia perdeu
espaço. Esta boemia que tanto havia se desenvolvido na década de 60, acabara
por afastar o convívio familiar, fazendo com que famílias tradicionais se
mudassem do bairro.
Mas a Lagoinha boêmia começou mesmo a morrer, quando da
construção do túnel Lagoinha-Concórdia, em 1971, recebendo o golpe de
misericórdia, quando o túnel, junto com os viadutos que ligavam o Centro à zona
Norte, foi duplicado, em 1984. Foi definitivamente sepultada com a chegada do
trem metropolitano, de modernas plataformas de embarque e desembarque, bem no
coração do bairro, atrás da rodoviária.
O bairro ainda mantém o nome, mas hoje, só existe mesmo na
lembrança de antigos boêmios renitentes.
Pontos notáveis na Lagoinha
O Santuário de Nossa Senhora da Conceição onde acontece
anualmente dia 8 de dezembro, no local e nas ruas do entorno, a tradicional
festa da Imaculada Conceição. Neste dia é feriado em Belo Horizonte em sua
homenagem.
O complexo viário da Lagoinha
O Hospital Público de Pronto Socorro Odilon Behrens
A Praça do Peixe
O D.I - Departamento de Investigações da Polícia Civil de
Minas Gerais
A Escola Estadual Silviano Brandão
O mercado da Lagoinha na Avenida Antônio Carlos, um espaço
de convivência e de compras. Inaugurado em 1949, comercializava frutas,
verduras e legumes. Em 2000, foi reformado e passou a ser local de qualificação
de mão-de-obra para a população carente.
A Igreja Batista da Lagoinha, conhecida nacionalmente por
seus cantores, que na verdade se localiza no bairro vizinho São Cristovão.
A Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Belo Horizonte
(FACISABH), entidade privada de ensino superior.
O Unicentro Universitário de Belo Horioznte (UNI-BH), também
entidade privada de ensino superior.
A PPL (Pedreira Prado Lopes) uma favela importante no
contexto sócio-cultural de Belo Horizonte.
O Estádio de Futebol em areia Esmeraldo Botelho (Campo do
Pitangui)
O Conjunto IAPI (Instituto de Aposentadorias e Pensões dos
Industriários);
O Hospital Belo Horizonte, no limite do bairro Lagoinha/Concórdia.
Trânsito
O Complexo da Lagoinha como é conhecido na capital mineira,
conta com diversas estruturas viárias, muitas delas ousadas historicamente.
Durante muitos anos o bairro contou com quatro viadutos e um túnel, cuja função
era a de permitir a interligação entre o Centro e as regiões Leste e Oeste às
Avenidas Cristiano Machado, Antônio Carlos e Pedro II, respectivamente pelos
viadutos A, B, Leste e Oeste.
O rápido crescimento da cidade fez com que o sistema se
tornasse obsoleto. A BHTRANS realizou uma série de estudos para identificação
de problemas e viabilização de soluções que pudesse melhorar o tráfego de
trânsito na região, beneficiando diversos pontos da cidade. Para isto, foi
construída uma trincheira na altura da Praça do Peixe, um viaduto de ligação
entre as Avenidas Pedro II, Cristiano Machado e Antônio Carlos.
A capacidade do complexo foi aumentada pelo alargamento das
vias da Avenida Antônio Carlos, que tinha dupla pista no sentido centro-bairro
e dupla pista no sentido bairro-centro. São ao todo cinco pistas em cada uma
das direções da avenida, além de alças elevadas de retorno, vias exclusivas
para ônibus e táxis. Esta obra foi inaugurada em 2010 e contou ainda com um
projeto paisagístico.
A obra melhorou a conexão Leste-Oeste nos dois sentidos,
contribuindo com o aumento da velocidade média do tráfego em horários de pico,
reorganizando o fluxo de veículos nas regiões atendidas pelo Complexo, além de
beneficiar também usuários da Linha Verde, que com a pista exclusiva para ônibus,
puderam usufruir do serviço de conexão com o Aeroporto Tancredo Neves de forma
eficiente.
Carências
Policiamento Ostensivo - O bairro seria melhor atendido com
a implementação de mais pontos do "Programa Olho Vivo" da Polícia
Militar de Minas Gerais ao longo da Avenida Antônio Carlos.
Política para Toxicomania - Faltam ainda programas
eficientes de Assistência e Proteção Social, dado que a Lagoinha é uma região
muito crítica relacionada à toxicologia e à dependência de usuários de drogas,
havendo muitos moradores de rua e muito frequentemente assaltantes dependentes
químicos.
Cultura Geral - A instalação de um Ponto de Cultura, de um
Ponto de Leitura e de uma ação do Cine Mais Cultura do Ministério da Cultura
seria importante para o desenvolvimento social da região, se bem localizados e
divulgados no bairro.
Comunicação - Não há atendimento dos Correios e Telégrafos -
Com as obras de duplicação da Avenida Antônio Carlos, o bairro perdeu a sua
única agência dos Correios, a Agência IAPI. Não há "Hot Spots" para
acesso gratuito de Internet WiFi (sem fio).
Serviços financeiros - Há insuficiência de agências
bancárias e terminais bancários de autoatendimento.
Manta asfáltica - Não há pavimentação asfáltica linear em
muitas ruas. Com exceção das principais vias do bairro, a maioria dos logradouros
sofre com buracos ou até mesmo "murunduns" causados pela
implementação de sobras asfálticas depositadas desordenadamente na região sobre
os paralelepípedos, causando assim, desconforto aos pedestres, ciclistas e
motoristas.
Vale a pena dar uma olhada:
http://biacentrismo.blogspot.com.br/2012/05/um-pe-dentro-do-bar-e-outro-na.html
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